quarta-feira, outubro 18, 2006

Dicotomias

É aqui que venho quando fico parado muito tempo. Não me sinto melhor nem pior, limito-me a sentir-me. Chamo-lhe um Porto de Sensações. Nele, atracam grandes sentimentos, enormes preocupações, pequenas inseguranças e alguns projectos medianos a medio-longo prazo. Todos passam lá para beber o café matinal para acordar o espírito e dar combustível aos motores do organismo de cada um. Por vezes as discussões são enormes. Quando o Amor se lembra de parar ao mesmo tempo que a Paixão... ui, nem a Saudade os consegue acalmar. Gosto de fazer com que choquem uns com os outros, que se confrontem e digam o que realmente pensam, na frente um do outro. Só assim conseguirão viver um dia em conjunto. Sou rei e senhor daquele porto, controlo os sentimentos e atiro-os para onde bem me convier. Gostava de por vezes o fazer quando volto à minha janela, de onde vejo o mundo cinzento todos os dias. Hoje está a chover. A chover muito. É bom dia para se lavar o corpo de maus sentimentos. Vou à minha vida, tenho um banho para tomar.

domingo, outubro 15, 2006

Descobertas...

There's a look on your face I would like to knock out
See the sin in your grin and the shape of your mouth
All I want is to see you in terrible pain
Though we won’t ever meet I remember your name

Can't believe you were once just like anyone else
then you grew and became like the devil himself
Pray to God I can think of a nice thing to say
But I don't think I can so fuck you anyway

You`re a scum, you`re a scum and I hope that you know
That the cracks in your smile are beginning to show
Now the world needs to see that it's time you should go
There's no light in your eyes and your brain is too slow

Can't believe you were once just like anyone else
then you grew and became like the devil himself
Pray to God I can think of a nice thing to say
But I don't think I can so fuck you anyway

Bet you sleep like a child with your thumb in your mouth
I could creep up beside put a gun in your mouth
makes me sick when I hear all the shit that you say
so much crap coming out it must take you all day

There's a space left in hell with your name on the seat
With a spike in the chair just to make it complete
When you look at yourself do you see what I see
If you do why the fuck are you looking at me

There’s a time for us all and I think yours has been
Can you please hurry up cos I find you obscene
We can’t wait for the day that you’re never around
When that face isn’t here and you rot underground

Can’t believe you were once just like anyone else
Then you grew and became like the devil himself
Pray to god I can think of a nice thing to say
But I don’t think I can so fuck you anyway

So fuck you anyway




Quando for grande quero escrever assim.

Archive - Fuck You

sábado, outubro 14, 2006

13-01-2006 - Relações

Se há algo na vida que jamais poderemos contar é com uma relação perfeita.
Um dos nossos maiores erros é que criamos expectativas em relação ao outro, esperamos que ele seja como nós gostavamos que fosse, por outras palavras esperamos que uma bananeira dê maçãs.
E a realidade é que no momento em que a nossa paixão passa a amor, somos obrigados a desistir da ideia que a nossa relação é perfeita. Nesse momento temos de amadurecer e crescer como pessoas e aceitar que o outro também cresce, e que tudo na vida se faz com avanços e recuos, com momentos melhores e piores.
Amar é crescer juntos!
Sabemos que as relações não são perfeitas, percebemos que não podemos esperar dos outros aquilo que nunca poderão dar, e sentimos que temos de evoluir e procurar em conjunto um caminho possível para permanecer juntos e fiéis aos nossos valores e expectativas, mas a cada passo, perguntamo-nos como é possível fazê-lo.
O segredo está na aceitação da realidade e na nossa capacidade de acreditar que somos capazes de fazer mais e melhor.
Todas as relações podem ser aperfeiçoadas, mas nenhuma nos poderá dar nunca a máxima satisfação.
Quando uma relação vale a pena, e decidimos que é nela que queremos investir, temos que começar por aceitá-la nas suas virtudes e defeitos, e encará-la como uma possibilidade de caminho.
É um percurso em que tudo tem valor, os dias bons, mas também os momentos de frustração, de cansaço, de desgosto e, até de algum desamor.
É no balanço entre os bons e maus momentos, entre os avanços e recuos, altos e baixos, que tudo se controí. E quanto mais sólida for a construção, mais tempo pode durar.


A este, encontrei-o perdido no meu LiveJournal, enquanto fui espreitar o passado. Não tem direitos de autor, com muita pena minha, mas fica a intenção. É soberbo.

Certezas efémeras.




Acarretando o cepticismo que me acompanha desde sempre, vejo a minha fé desvanecer-se entre dois dedos de conversa. A religião nunca foi o meu forte, mas sempre fui um Homem de fé. Acredito em muitas coisas. Acredito até no que não devo. Mas acredito. Afinal sempre é possível ser-se um Homem de fé e de ciência em simultâneo. Bem no fundo, somos todos iguais, biliões de pessoas encurraladas num labirinto em forma de globo, à procura não da saída, mas dos melhores caminhos a percorrer. São palavras vazias, as que vos trago hoje. Vazias de fé e sem caminhos palmilhados a ouro, deste circo de feras. São letras sem espessura e frases sem largura. O optimismo vira-me a cara, senta-me na poltrona e atira-me almofadas de realismo. Talvez um dia lhe consiga responder. É costume dar-me bem com ele, mas como qualquer bom casal temos direito ás nossas divergências. E das grandes, por vezes. Haja coerência e racionalidade, há sempre um consenso possível nestas situações. Vou esperar por dias melhores, escrever Amor já foi bem mais sedutor, o meu espírito guerreiro não veio comigo, ficou... preso algures quando nasci. Qualquer dia reclamo-o à minha mãe, que tem para dar e vender. Se calhar é esse o segredo dela, tem dois espíritos guerreiros. Olhar para dentro de mim não é cativante, mas vale sempre a pena ver o que se passa por cá. Se forrar a caixa craniana a papel de embrulho colorido é certo que o dia fica mais bonito. Talvez tente, um dia. Até lá, deixo que a fé continue a desvanecer-se. Nunca gostei de ir à missa. Algum dia haveria de perceber porquê.

quinta-feira, outubro 12, 2006

Tic Tac




Os ponteiros do meu relógio estão fartos de rodar, sentem que a vida não faz sentido se for vivida sempre em busca de algo que nunca vão alcançar. Imaginam-se a lutar por algo que sabem que nunca irão ter? Os ponteiros vivem assim. Todos os dias a busca é constante, igual e frustrante. Sempre em busca do nada que nunca chega. Estes braços que aqui vês, são ponteiros das horas no planeta Júpiter, onde os dias são maiores e o tempo demora mais a passar. Curiosamente, nunca vi estes braços a indicar 6 da tarde ou 6 da manhã, diz quem sabe que não gostam que digam que se 'baixaram os braços'. Se a procura é uma doença e o alcançar a cura, que se despeçam os médicos, não preciso de diagnóstico, sou doente crónico em estado terminal. E assim vou permanecer, até que o que resta de mim se vá completamente.

Ode to a Child.




Parabens à razão de ser deste Blog. Parabens ás coisas boas, parabens ás coisas más e parabens ás coisas que nunca vão mudar.

Um beijo.

Amor Combate




Eu quero estar lá quando tu tiveres de olhar para trás. Sempre quero ouvir aquilo que guardaste para dizer no fim. Eu não te posso dar aquilo que nunca tive de ti, mas não te vou negar a visita às ruínas que deixaste em mim. Se o nosso amor é um combate então que ganhe a melhor parte. O chão que pisas sou eu. O nosso amor morreu quem o matou fui eu.


Linda Martini - Amor Combate