O meu problema de expressão.
Nunca me senti à vontade na poesia nem nos diálogos. O meu campo de escrita preferido é, sem dúvida, a prosa. Parece que as palavras fluem com mais naturalidade, não sei. É como se o teclado agradecesse a ideia de escolher prosa e me indicasse as teclas a seguir até ao último ponto final. Só tenho pena que a esmagadora maioria da minha prosa vá, voluntária ou involuntariamente, parar ao tema de sempre, o Amor. Não aprecio, porque de tanto falar nele, por vezes, fico sem saber que mais se poderá desenvolver de algo já tão fustigado pelas canetas espalhadas pelo mundo. Gostava de abraçar outros temas, outras ideias, outros amores. Mas não interessa, já me rendi! Qualquer que seja o assunto principal do texto, há sempre algo que me puxará a levar as palavras ao campo amoroso e, porque não, direccioná-lo a um Tu, hipotético, ou talvez não. É a necessidade de se escrever para alguém, de expressar o que de bom há cá dentro e que quer ser partilhado, de abrir as portas de um castelo que nunca foi conquistado. Embora o problema se revele por vezes asfixiador no que toca a domínios de outras áreas, não me posso queixar, já que a palavra mágica, de 4 letrinhas apenas, dá aso a milhares de divagações por minuto. Basta guardar as melhores, desenvolvelas e fazer delas bonitas memórias escritas. E no fim, quando surge o último ponto final, quando se re-lê e se retoca um ou outro pormenor, quando se volta a medir o aspecto geral e a aprovar todos os aspectos básicos... é aquele sentimento bom, aquele 'Acabei algo meu'. Pode ser bom, pode ser mau, mas é meu. E estas coisas... ninguém nos pode tirar.
1 Comments:
muito bom o teu blog. gostei da maneira como captas as palavra dentro de ti e vives a partir delas..
abraço []
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