sexta-feira, agosto 18, 2006

Ataraxia pura.

"É ataraxia!", diz-me o psicólogo, depois das análises revistas vezes sem conta. Nunca vi disto, sinceramente. Nem o médico me sabe diagnosticar, não sabe se é doença e caso seja, qual será. A explicação mais próxima da realidade é essa mesmo, a ataraxia. Sou desligado das preocupações exteriores e não faço grande coisa para as mudar, simplesmente porque não me incomodam. Quer saber o que acho, médico de canudo obtido na primeira universidade que deixou atrasados mentais formarem-se em medicina, quer? Acho que para psicólogo deveria saber curar o amor! Sim, o amor é uma doença, não lhe ensinaram isso no curso? Obriga-nos a desligar do mundo exterior, ficar apáticos com o que supostamente nos deveria revoltar! Ou chamar-lhe-ei, no seu termo médico, ataraxia? Deduzo então que estou ataraxiado por alguém! Hmm, se calhar é mesmo isso... alguém me ataraxia de tal forma que não me sinto capaz de me revoltar com o que quer que seja. Será que se explodir estarei curado? E se a cura for o fim? Então prefiro ficar doente. Se calhar sofro de ataraxia. Não pode ser, tenho de achar a cura. Tem de haver uma cura que satisfaça ambas as partes, não há outra hipótese! Não vou descobrir a cura sozinho, vens comigo, nem que tenha de te pegar por um braço! A descoberta vai ser positiva, prometo. Estou a lutar, estou a curar-me. Um dia deixarei a ataraxia. Espero não deixar de amar também.


Desde que vi o "Lucky Number Slevin" que fiquei com o desejo de escrever algo relacionado com a ataraxia, em que a palavra aparecesse até à exaustão, et voilá.

1 Comments:

At 2:59 da manhã, Blogger irmao julio said...

eu tenho ataraxia

 

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