domingo, setembro 24, 2006

Kin(g)d(om) of Magic.


É um ritual como todos os outros. A folha de papel primeiro, a caneta depois. Se a folha for de papel reciclado dá um ar mais natural, fica mais bonito, parece coisa de gente que trabalha por gosto. A caneta tem de fluir rapido. Nada de borrões nem falhas de tinta. Deixo os lápis de lado, se me enganar risco. No fim, com uns poucos de riscos, o efeito fica giro. Assemelha-se a um rascunho, um estudo preliminar. Gosto disso. A folha nao pode ter aquelas linhas laterais encarnadas. Para limitações já bastam as da inspiração. E ter uma folha cheia de palavras de cima a baixo, da esquerda à direita, com frases bem construídas e boas de ler é dos maiores tesouros que se pode possuir. No dia em que me conseguir escrever vou ocupar um bloco daqueles gordinhos, formatar o texto desta forma e esboçar sorrisos com o desfolhar contínuo. Neste mundo de papel e caneta, somos reis e princesas, lápis e borracha, monstros e anjos. Sou a felicidade e a tristeza, o amor e o ódio, a loucura e a sensatez. A verdade é que nunca escrevi textos a papel e caneta, mas não custa imaginar como bonito seria. Desminta-se quem disse que magia se faz com varinha e cartola.

2 Comments:

At 4:12 da tarde, Anonymous Anónimo said...

seria bonito, sabe bem ler palavras escritas com uma caligrafia muito própria, um rabisco aqui, uma letra mais perfeita acolá e um texto que nos liberta de pequenos demónios.

costumava escrever muito em papel, costumava.

 
At 12:26 da tarde, Blogger Princesa* said...

Tiro-te o chapéu. Divino!
E talvez seja por isso que escrevo sempre em papel e só depois me atreva nas teclas frias dum computador.
Este é o mundo de reis e princesas, assim nos sinto nobres mágicos.
It's a Kind of magic

 

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