sábado, julho 01, 2006

Release... the beast

Não me livro deste soneto
Com a facilidade desejada
Desta mente fazes questão de não sair
Com essa tua face enevoada.

Liberta-me desta prisão
Que construiste sem querer
Antes que o amor que nele circula
Me asfixie o coração.

Deixas-me aqui, preso a sensações
Enquanto lavas a força de vontade
E estendes as compaixões,
Num estendal de afectos
E de mágoas reforçadas pela saudade.

Um dia, talvez
À chuva, quem sabe
Calaremos este duelo.
Até lá só quero
Que este tormento acabe.

E esta obrigação de escrever bonito
Contrasta com a dor que sinto
Que só deseja quebrar barreiras,
Parar de fazer desta vida
Cada vez mais perdida.