segunda-feira, junho 19, 2006

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A revolta decidiu-se. Não quer nem vai sair. Já a avisei, vai-se magoar. O esófago nunca foi bom alojador de agonias. Nunca vai conseguir conjugar o transporte de alimentos até ao estômago com uma residência a desejos perdidos no tempo. Sai, ordeno-te eu! Não... vais continuar a atormentar esse pobre organismo com essa angústia. Cospe de vez o vazio que sentes, o domínio que te enfraquece a cada dia. Solta essa revolta pela tão falada reciprocidade não passar de isso mesmo, meia dúzia de palavras. Pega no mundo com uma mão, com a outra vai ao esófago, liberta essa revolta e atira-a contra o globo. Com sorte, tudo cairá a teus pés.